sexta-feira, 29 de junho de 2012

Estudo apresenta alternativa a tratamentos de lesões em cartilagens articulares

          Propor arcabouço tridimensional bioativo que estimulasse a diferenciação de células-tronco adultas em células que compõem e mantêm a cartilagem das articulações (condrócitos). Esse foi o objetivo de estudo de autoria de Andrei Moroz, doutorando do Programa de Pós-Graduação em Biologia Geral e Aplicada do Instituto de Biociências (IB) da Unesp, câmpus de Botucatu, publicado no periódico Platelets no final de maio.
          O artigo consiste em parte de dissertação de mestrado do pesquisador, orientado, na época, por Elenice Deffune, professora da Faculdade de Medicina da Unesp e responsável pelo Laboratório de Engenharia Celular do Hemocentro de Botucatu, e co-orientado por Sérgio Luis Felisbino, professor do Departamento de Morfologia do IB.
Na investigação, células-tronco mesenquimais da medula óssea de coelhos adultos foram cultivadas e caracterizadas por meio de citometria de fluxo, ou seja, método de análise que utiliza instrumento a laser e permite a identificação, caracterização fenotípica, contagem e separação das células.
           Segundo Moroz, os resultados obtidos foram que as células se diferenciaram em condrócitos, sem a necessidade de fatores de crescimento, o que, de acordo com o doutorando, representa maior economia em relação aos procedimentos de cultura tradicionais, que possuem custo alto.
            Sobre a aplicabilidade, ele afirma que o estudo é útil à área de medicina regenerativa, principalmente em lesões de cartilagens articulares, que costumam ocorrer com frequência em atletas.
           Moroz relata ainda que, após a publicação do artigo, recebeu e-mails de pesquisadores renomados de diversos países, como Espanha, Portugal e Alemanha, interessados na pesquisa e, inclusive, foi convidado para ministrar palestra sobre o tema Reparo tecidual: cartilagem e osso, durante o V Congresso Internacional Anual de Células-tronco e Medicina Regenerativa, que será realizado, em dezembro, em Ghanzou, na China.
             O doutorando também destaca a satisfação pela repercussão de sua pesquisa e o papel de parceria entre instituições que ocorre desde 2004. “Esse interesse dos pesquisadores e o convite representam um reconhecimento da comunidade científica internacional ao trabalho realizado. A medicina regenerativa requer multidisciplinaridade. O Instituto de Biociências e a Faculdade de Medicina atendem a este requisito e, nesse sentido, foi essencial aliar os conhecimentos de engenharia celular e medicina regenerativa da professora Elenice aos conhecimentos de morfologia e caracterização da cartilagem e sua matriz extracelular, especialidade do professor Sérgio ”, ressalta.
             O resumo do artigo de Moroz está disponível em http://www.ibb.unesp.br/%22http:/www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22646294/%22.

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