quinta-feira, 8 de março de 2012

Trabalho sobre fertilidade feminina pós-câncer é premiado

          Favorecer a preservação de tecido ovariano de primata não-humano para melhoria da técnica de criopreservação (congelamento) e consequente restauração da fertilidade de meninas e mulheres após o tratamento de câncer.  Esse foi o objetivo de pesquisa realizada pela professora Camila Contin Diniz de Almeida-Francia, do Departamento de Anatomia do Instituto de Biociências, durante pós-doutorado, em Oregon, nos Estados Unidos, e que resultou no trabalho Post-thaw function of cryopreserved secondary follicles from ovarian tissue in the Rhesus Macaque, que obteve o 2º lugar na categoria pôster durante o XXII International Symposium on Morphological Sciences (ISMS), realizado de 12 a 16 de fevereiro, em São Paulo.
        Durante o estudo, realizado por meio de intercâmbio de três meses junto à Oregon Health & Science University e o Oregon National Primate Research Center, sob supervisão da pesquisadora Mary B. Zelinski, a professora do IB desenvolveu duas técnicas: cultura de folículos secundários ovarianos e criopreservação de folículos ovarianos de macacas Rhesus (Macaca mulatta).
Segundo Camila, os resultados obtidos nas primatas sugeriram que a vitrificação com glicerol e etileno glicol (crioprotetores) e os polímeros PXZ (bloqueadores da formação de gelo nas células), em sistema fechado, têm potencial como método para congelamento de folículos secundários isolados. “Pela primeira vez, folículos de macacas isolados de tecido criopreservado sobreviveram, cresceram, formaram antro e produziram hormônios esteróides”, explica.
         Sobre a aplicabilidade, ela destaca que esse estudo fornece opção para tecnologias de reprodução assistida após cultura de folículos ovarianos e aumenta a viabilidade do tecido para transplante em pacientes com o propósito de restaurar a fertilidade e possibilitar futura gestação de meninas e/ou mulheres que sobreviveram a um câncer.

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