quinta-feira, 8 de março de 2012

IB e universidade escocesa desenvolvem pesquisa sobre expressão gênica em pacu


        Caracterizar os genes expressos (transcriptoma) no músculo estriado do pacu (Piaractus mesopotamicus) é o principal objetivo de pesquisa desenvolvida pelo Laboratório de Biologia do Músculo Estriado (LBME), do Instituto de Biociências (IB) da Unesp, câmpus de Botucatu, em parceria com o Scottish Ocean Institute, School of Biology, da University of St Andrews, na Escócia.
          Segundo a professora Maeli Dal Pai Silva, do Departamento de Morfologia do IB, essa integração científica teve início durante um estágio que ela realizou na University of St Andrews e o estudo possibilitará identificar genes que controlam o desenvolvimento e o crescimento do músculo estriado nesta espécie. A coordenadora do projeto ressalta ainda que, a partir dos resultados, será possível o desenvolvimento de outros estudos na área.
          Já o professor Robson Francisco Carvalho, também do Departamento de Morfologia do IB e que integra a equipe de pesquisa, essa é uma experiência inédita. Ele destaca que essa investigação permitirá analisar como fatores ambientais e nutricionais podem interferir no desenvolvimento e crescimento dessa espécie, aspectos esses que, segundo Maeli e Carvalho, têm importância biológica e econômica. A equipe do LBME, composta por alunos de iniciação científica, mestrandos, doutorandos e pós-doutorandos também participará do estudo e desenvolverá a análise do perfil de expressão de microRNAs, moléculas reguladoras da expressão gênica.
           Na Escócia, serão realizadas parte do sequenciamento e das análises de bioinformática. Maeli salienta que o professor Ian Alistar Johnston, da University of St Andrews e que participará do estudo, é um dos maiores pesquisadores mundiais em  Biologia Estrutural, Genômica e Proteômica em músculo estriado de peixes e que a equipe do laboratório que ele coordena  possui bastante experiência nessa área. 
           O estudo conta com financiamento de R$372 mil da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e de R$ 50 mil do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).  A pesquisa deverá ser concluída no início de 2014.

Nenhum comentário:

Postar um comentário